FÁBULAS FABULOSAS - CÃO, CÃO, CÃO - Millor Fernandes - Cultura Brasil

FÁBULAS FABULOSAS - CÃO, CÃO, CÃO - Millor Fernandes

Share This

1024px-Millor_Fernandes_por_Cynthia_Brito

          

Millor Fernandes  

16 agosto 1923, Rio de Janeiro 
27 marzo 2012, Rio de Janeiro 


I libri di Millor Fernandes possono essere acquistati su: Amazon
 e Abebooks.it



FAVOLE FAVOLOSE 
CANE, CANE, CANE
 
   
Aprì la porta e vide un amico che non incontrava da tempo. Rimase stupito che lui, amico, fosse venuto in compagnia di un cane. Il cane non molto grande ma abbastanza forte, di razza indefinita, irrequieto e con un'aria allegramente aggressiva. Aprì la porta e salutò l'amico, con molta effusione. "Da quanto tempo!". Il cane approfittò delle nostalgie, si intrufolò in casa e subito il rumore in cucina dimostrò che aveva rotto qualcosa.

Il padrone di casa aprì un poco le orecchie, l'amico visitante fece un'espressione come se la cosa non lo avesse riguardato. "Adesso, vedi, l'ultima volta che ci siamo visti fu..." "No, è stato dopo, ..." "E tu, anche tu sei sposato?" Il cane passò per il salotto, il tempo passò per la conversazione, il cane entrò in stanza e un nuovo rumore di cose rotte. Ci fu un sorriso giallo da parte del proprietario di casa, ma perfetta indifferenza da parte del visitatore. "Chi è morto definitivamente è lo zio... te lo ricordi?" "Ricordo, adesso, era ciò che più...no?" Il cane saltò su un mobile, fece cadere un'abat-jour, subito  dopo attraversò con le zampe il sofà (il tempo passava) e lasciò lì le impronte digitali della sua bestialità. I due amici, concentrati, preferirono non notarlo. E, alla fine, il visitante andò via. Salutò, affettuoso così come quando era entrato e andò via. Andò via.

Ma stava ancora andando, quando il proprietario della casa chiese: "Non porti via il tuo cane?" "Cane? cane? cane? Ah, no! Non è mio. Quando sono entrato, lui è entrato tranquillamente con me ed ho pensato che fosse tuo. Non è tuo?"

Morale: Quando notiamo certi difetti negli amici, dobbiamo sempre parlarne per chiarire.


FÁBULAS FABULOSAS

CÃO, CÃO, CÃO

Abriu a porta e viu o amigo que há tanto não via. Estranhou apenas que ele, amigo, viesse acompanhado de um cão. O cão não muito grande mas bastante forte, de raça indefinida, saltitante e com um ar alegremente agressivo. Abriu a porta e cumprimentou o amigo, com toda efusão. "Quanto tempo!". O cão aproveitou as saudações, se embarafustou casa adentro e logo o barulho na cozinha demonstrava que ele tinha quebrado alguma coisa.

O dono da casa encompridou um pouco as orelhas, o amigo visitante fez um ar de que a coisa não era com ele. "Ora, veja você, a última vez que nos vimos foi..." "Não, foi depois, na..." "E você, casou também?" O cão passou pela sala, o tempo passou pela conversa, o cão entrou pelo quarto e novo barulho de coisa quebrada. Houve um sorriso amarelo por parte do dono da casa, mas perfeita indiferença por parte do visitante. "Quem morreu definitivamente foi o tio... você se lembra dele?" "Lembro, ora, era o que mais... não?"

O cão saltou sobre um móvel, derrubou o abajur, logo trepou com as patas sujas no sofá (o tempo passando) e deixou lá as marcas digitais de sua animalidade. Os dois amigos, tensos, agora preferiam não tomar conhecimento do dogue. E, por fim, o visitante se foi. Se despediu, efusivo como chegara, e se foi. Se foi.

Mas ainda ia indo, quando o dono da casa perguntou: "Não vai levar o seu cão?" "Cão? Cão? Cão? Ah, não! Não é meu, não. Quando eu entrei, ele entrou naturalmente comigo e eu pensei que fosse seu. Não é seu, não?"

Moral: Quando notamos certos defeitos nos amigos, devemos sempre ter uma conversa esclarecedora.


 Torna alla scheda dell’autore

 MILLOR FERNANDES

*traduzione non ufficiale

Pages