Resposta Ao Tempo - Aldir Blanc - Cultura Brasil

Resposta Ao Tempo - Aldir Blanc

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Aldir Blanc 

2 settembre 1946, Rio de Janeiro

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Resposta Ao Tempo

 

Batidas na porta da frente

é o tempo

Eu bebo um pouquinho pra ter

argumento

Mas fico sem jeito, calado

ele ri

Ele zomba de quanto eu chorei

porque sabe passar

e eu não sei

   

Num dia azul de verão sinto vento

há folhas no meu coração é o tempo

recordo um amor que eu perdi

ele ri

Diz que somos iguais

se eu notei

pois não sabe ficar

e eu também não sei

    

E gira em volta de mim

sussurra que apaga os caminhos

que amores terminam no escuro

sozinhos

   

Respondo que ele aprisiona,

eu liberto

Que ele adormece as paixões

e eu desperto

E o tempo se vai com inveja

de mim

Me vigia querendo aprender

Como eu morro de amor

pra tentar reviver

   

No fundo é uma eterna criança

que não soube amadurecer

Eu posso, ele não vai poder

me esquecer

Risposta al Tempo 
     
Bussano alla porta  
è il tempo 
Bevo un poco
per avere 
un argomento 
Ma resto triste, in silenzio 
lui ride 
Mi prende in giro per quanto
abbia pianto 
perchè sa superare le situazioni 
ed io no

In un giorno azzurro d'estate sento
il vento 
ci sono delle foglie sul mio cuore è
il tempo 
ricordo un amore che ho perso 
lui ride 
Dice che siamo uguali 
se l'ho notato 
visto che non è capace di restare 
e neanche io

E mi gira intorno 
sussurra che cancella i cammini 
che gli amori finiscono al buio 
in solitudine

Rispondo che lui imprigiona, 
io libero, 
Che lui addormenta le passioni 
e io le risveglio 
E il tempo va via con invidia 
di me 
Mi osserva volendo imparare 
A morir d'amore 
per tentare di rivivere.

In fondo è un eterno
bambino
che non è mai cresciuto 
Io posso, lui non potrà 
dimenticare.

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