Mario Quintana
30 luglio 1906, Alegrete, Rio Grande do Sul
5 maggio 1994, Porto Alegre, Rio Grande do Sul
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Presença É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas, teu perfil exato e que, apenas levemente, o vento das horas ponha um frêmito em teus cabelos... É preciso que a tua ausência trescale sutilmente, no ar, a trevo machucado, as folhas de alecrim desde há muito guardadas não se sabe por quem nalgum móvel antigo... Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela e respirar-te, azul e luminosa, no ar. É preciso a saudade para eu te sentir como sinto – em mim – a presença misteriosa da vida... Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista que nunca te pareces com teu retrato... E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te! | Presenza E' necessario che la saudade disegni le tue linee perfette, Il tuo profilo esatto e che, appena, lievemente, il vento delle ore metta un fremito nei tuoi capelli... E' necessario che la tua assenza profumi sottilmente, nell'aria, di trifoglio falciato, di foglie di rosmarino da molto tempo conservate non si sa per chi in qualche mobile antico... Ma è necessario, anche, che sia come aprire una finestra e respirarti, azzurra e luminosa, nell'aria. E' necessaria la saudade per sentire come sento - in me stesso - la presenza misteriosa della vita... Ma quando appari sei così diversa e multipla e imprevista che niente somiglia al tuo ritratto... E io devo chiudere gli occhi per vederti |
*traduzione non ufficiale
Tratto da: “Apontamentos de História Sobrenatural”