Amanhecer - Joao Guimaraes Rosa - Cultura Brasil

Amanhecer - Joao Guimaraes Rosa

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Joao Guimaraes Rosa 

27 de junho de 1908, Cordisburgo, Minas Gerais 
19 de novembro de 1967, Rio de Janeiro 

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Amanhecer

 

Floresce, na orilha da campina,

esguio ipê

de copa metálica e esterlina.

 

Das mil corolas,

saem vespas, abelhas e besouros,

polvilhados de ouro,

a enxamear no leste, onde vão pousando

nas piritas que piscam nas ladeiras,

e no riso das acácias amarelas.

 

Dos charcos frios

sobem a caçá-los redes longas

lentas e rasgadas de neblina.

Nuvens deslizam, despetaladas,

e altas, altas,

garças brancas planam.

 

Dançam fadas alvas,

cantam almas aladas,

na taça ampla,

na prata lavada,

na jarra clara da manhã. . .

Alba


Fiorisce, sul bordo del campo,

un sottile ipê

con chioma metallica e luccicante.


Dai mille colori,

escono vespe, api e coleotteri,

impolverati d'oro,

a nidificare ad est, dove si posano

sulle pirite che luccicano sulle salite,

e sul sorriso delle mimose.


Dai pantani freddi

si alzano per cacciarli reti lunghe,

umide e rotte di

nebbiolina.

Le nuvole scorrono,

senza petali,

e alte, alte,

garze bianche planano.


Danzano fate bianche,

cantano anime alate,

nell'ampia coppa,

lavata nell'argento,

nella chiara giara del mattino...

 

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 JOAO GUIMARAES ROSA

*traduzione non ufficiale

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