Temor - Junqueira Freire - Cultura Brasil

Temor - Junqueira Freire

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Timore

Al godimento, al godimento amica. Il suolo che calpesti
Ogni istante ti offre la buca.
Calpestiamo con calma. Attenta affinchè la terra
non senta il nostro peso.

Sdraiamoci qui. Apri le tue braccia.
Nascondiamoci l'uno nel seno dell'altro.
Non vediamo così la morte,
O moriamo insieme.

Non parlare molto. Una parola basta
Mormorata, in segreto, ai piedi dell'orecchio.
Nessuna, nessuna voce, - nemmeno un sospiro,
Nè un affanno più forte.

Parlami solo con il movimento degli occhi.
Sono abituato alla loro sagacia.
Lasciami le tue labbra, rosse di seduzione.
Solamente per i miei baci.

Al godimento, al godimento amica. Il suolo che calpesti
Ogni istante ti offre la buca.
Calpestiamo con calma. Attenta affinchè la terra
non senta il nostro peso.



Temor

Ao gozo, ao gozo, amiga. O chão que pisas
A cada instante te oferece a cova.
Pisemos devagar. Olhe que a terra 
        Não sinta o nosso peso.

Deitemo-nos aqui. Abre-me os braços.
Escondamo-nos um no seio do outro.
Não há de assim nos avistar a morte,
        Ou morreremos juntos.

Não fales muito. Uma palavra basta
Murmurada, em segredo, ao pé do ouvido.
Nada, nada de voz, - nem um suspiro,
        Nem um arfar mais forte.

Fala-me só com o revolver dos olhos.
Tenho-me afeito à inteligência deles.
Deixa-me os lábios teus, rubros de encanto.
        Somente pra os meus beijos.

Ao gozo, ao gozo, amiga. O chão que pisas
A cada instante te oferece a cova.
Pisemos devagar. Olha que a terra 
        Não sinta o nosso peso.

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