Hilda Hilst
21 de abril de 1930, Jaú, San Paolo
4 de fevereiro de 2004, Campinas
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Poema VI
Tudo vive em mim. Tudo se entranha
Na minha tumultuada vida. E porisso
Não te enganas, homem, meu irmão,
Quando dizes na noite, que só a mim me vejo.
Vendo-me a mim, a ti. E a esses que passam
Nas manhãs, carregados de medo, de pobreza,
O olhar agudo, todos eles em mim, Porque o poeta é irmão do escondido das gentes
Descobre além da aparência, é antes de tudo
LIVRE, e porisso conhece. Quando o poeta fala
Fala do seu quarto, não fala do palanque,
Não está no comício, não deseja riqueza
Não barganha, sabe que o ouro é sangue
Tem os olhos no espírito do homem No possível infinito. Sabe de cada um
A própria fome. E porque é assim, eu te peço:
Escuta-me. Olha-me. Enquanto vive um poeta O homem está vivo.
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Poema VI
Tutto vive in me. Tutto entra Nella mia vita tumultuosa. E per questo Non ingannarti, uomo, fratello mio, Quando dici che di notte, riesco a vedere solo me stessa. Vedo me, te. E loro che Passano Di mattino, pieni di paura, di povertà, Lo sguardo acuto, tutti loro dentro di me, Perchè il poeta è fratello delle cose nascoste delle persone Scopre oltre l’apparenza, è prima di tutto LIBERO, e per questo conosce. Quando il poeta parla Parla dalla sua stanza, non parla dal palco, Non è ad un comizio, non desidera ricchezze Non baratta, sa che l’oro è sangue Ha gli occhi sullo spirito dell’uomo Sull’infinito possibile. Di ognuno conosce La propria fame. E perchè è così, io ti chiedo: Ascoltami. Guardami. Fin quando vivrà un poeta L’uomo sarà vivo. |
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*traduzione non ufficiale