Muitas Fugiam ao Me Ver - Carolina Maria de Jesus - Cultura Brasil

Muitas Fugiam ao Me Ver - Carolina Maria de Jesus

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Carolina Maria de Jesus 

14 marzo 1914, Sacramento, Minas Gerais 
13 febbraio 1977, San Paolo 

 

 


Muitas Fugiam ao Me Ver 
   
Muitas fugiam ao me ver 
Pensando que eu não percebia 
Outras pediam pra ler 
Os versos que eu escrevia 
Era papel que eu catava 
Para custear o meu viver 
E no lixo eu encontrava livros
para ler 
Quantas coisas eu quiz fazer 
Fui tolhida pelo preconceito 
Se eu extinguir quero renascer 
Num país que predomina o preto 
Adeus! Adeus, eu vou morrer! 
E deixo esses versos ao meu país 
Se é que temos o direito de
renascer 
Quero um lugar, onde o preto é
feliz.


Molte Scappavano alla mia Vista

 

Molte scappavano alla mia vista

Credendo che non me ne accorgessi

Altre chiedevano di leggere

I versi che scrivevo

Era carta che raccattavo

Per pagare il mio vivere

E tra i rifiuti trovavo libri da leggere

Quante cose volli fare

Fui impossibilitata dal preconcetto

Quando mi spegnerò voglio
rinascere

In un paese dove prevale il nero

Addio! Addio, morirò!

E lascio questi versi al mio paese

Se è (vero) che abbiamo il diritto di
rinascere

Voglio un posto, dove il nero è
felice.

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 CAROLINA MARIA DE JESUS

*traduzione non ufficiale

Carolina Maria de Jesus, in "Antologia Pessoal". (Organização José Carlos Sebe Bom Meihy). Rio de Janeiro: Casa Editrice UFRJ, 1996.

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