A Triste Partida - Patativa do Assaré - Cultura Brasil

A Triste Partida - Patativa do Assaré

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A Triste Partida – Luiz Gonzaga  

Anno: 1964  
Etichetta:  RCA Victor
   


Il disco “A Triste Partida” di Luiz Gonzaga è disponibile su
: iTunes 


A Triste Partida 
       
Meu Deus, meu Deus 
Setembro passou 
Outubro e Novembro 
Já estamos em Dezembro 
Meu Deus, que é de nós, 
Meu Deus, meu Deus 
Assim fala o pobre 
Do seco Nordeste 
Com medo da peste 
Da fome feroz 
Ai, ai, ai, ai 
A treze do mês 
Ele fez experiência 
Perdeu sua crença 
Nas pedras de sal, 
Meu Deus, meu Deus 
Mas noutra esperança 
Com gosto se agarra 
Pensando na barra 
Do alegre Natal 
Ai, ai, ai, ai 
Rompeu-se o Natal 
Porém barra não veio 
O sol bem vermelho 
Nasceu muito além 
Meu Deus, meu Deus 
Na copa da mata 
Buzina a cigarra 
Ninguém vê a barra 
Pois barra não tem 
Ai, ai, ai, ai 
Sem chuva na terra 
Descamba Janeiro, 
Depois fevereiro 
E o mesmo verão 
Meu Deus, meu Deus 
Então o nortista 
Pensando consigo 
Diz: "isso é castigo 
não chove mais não" 
Ai, ai, ai, ai 
Apela pra Março 
Que é o mês preferido 
Do santo querido 
Senhor São José 
Meu Deus, meu Deus 
Mas nada de chuva 
Tá tudo sem jeito 
Lhe foge do peito 
O resto da fé 
Ai, ai, ai, ai 
Agora pensando 
Ele segue outra trilha 
Chamando a família 
Começa a dizer 
Meu Deus, meu Deus 
Eu vendo meu burro 
Meu jegue e o cavalo 
Nós vamos a São Paulo 
Viver ou morrer 
Ai, ai, ai, ai 
Nós vamos a São Paulo 
Que a coisa está feia 
Por terras alheias 
Nós vamos vagar 
Meu Deus, meu Deus 
Se o nosso destino 
Não for tão mesquinho 
Pro mesmo cantinho 
Nós torna a voltar 
Ai, ai, ai, ai 
E vende seu burro 
Jumento e o cavalo 
Até mesmo o galo 
Venderam também 
Meu Deus, meu Deus 
Pois logo aparece 
Feliz fazendeiro 
Por pouco dinheiro 
Lhe compra o que tem 
Ai, ai, ai, ai 
Em um caminhão 
Ele joga a família 
Chegou o triste dia 
Já vai viajar 
Meu Deus, meu Deus 
A seca terrível 
Que tudo devora 
Ai,lhe bota pra fora 
Da terra natal 
Ai, ai, ai, ai 
O carro já corre 
No topo da serra 
Olhando pra terra 
Seu berço, seu lar 
Meu Deus, meu Deus 
Aquele nortista 
Partido de pena 
De longe acena 
Adeus meu lugar 
Ai, ai, ai, ai 
No dia seguinte 
Já tudo enfadado 
E o carro embalado 
Veloz a correr 
Meu Deus, meu Deus 
Tão triste, coitado 
Falando saudoso 
Com seu filho choroso 
Exclama a dizer 
Ai, ai, ai, ai 
De pena e saudade 
Papai sei que morro 
Meu pobre cachorro 
Quem dá de comer? 
Meu Deus, meu Deus 
Já outro pergunta 
Mãezinha, e meu gato? 
Com fome, sem trato 
Mimi vai morrer 
Ai, ai, ai, ai 
E a linda pequena 
Tremendo de medo 
"Mamãe, meus brinquedo 
Meu pé de flor?" 
Meu Deus, meu Deus 
Meu pé de roseira 
Coitado, ele seca 
E minha boneca 
Também lá ficou 
Ai, ai, ai, ai 
E assim vão deixando 
Com choro e gemido 
Do berço querido 
Céu lindo e azul 
Meu Deus, meu Deus 
O pai, pesaroso 
Nos filhos pensando 
E o carro rodando 
Na estrada do Sul 
Ai, ai, ai, ai 
Chegaram em São Paulo 
Sem cobre quebrado 
E o pobre acanhado 
Procura um patrão 
Meu Deus, meu Deus 
Só ver cara estranha 
De estranha gente 
Tudo é diferente 
Do caro torrão 
Ai, ai, ai, ai 
Trabalha dois ano, 
Três ano e mais ano 
E sempre nos planos 
De um dia voltar 
Meu Deus, meu Deus 
Mas nunca ele pode 
Só vive devendo 
E assim vai sofrendo 
É sofrer sem parar 
Ai, ai, ai, ai 
Se alguma notícia 
Das banda do norte 
Tem ele por sorte 
O gosto de ouvir 
Meu Deus, meu Deus 
Lhe bate no peito 
Saudade de mói 
E as água nos olhos 
Começa a cair 
Ai, ai, ai, ai 
Do mundo afastado 
Ali vive preso 
Sofrendo desprezo 
Devendo ao patrão 
Meu Deus, meu Deus 
O tempo rolando 
Vai dia e vem dia 
E aquela família 
Não volta mais não 
Ai, ai, ai, ai 
Distante da terra 
Tão seca mas boa 
Exposto à garoa 
A lama e o baú 
Meu Deus, meu Deus 
Faz pena o nortista 
Tão forte, tão bravo 
Viver como escravo 
No Norte e no Sul 
Ai, ai, ai, ai

La Triste Partenza 
    
Mio Dio, mio Dio 
Settembre è passato 
Ottobre e Novembre 
Già siamo a Dicembre 
Mio Dio, cosa sarà di noi, 
Mio Dio, mio Dio 
Così parla il povero 
Della siccità del Nordest 
Con enorme paura 
Della fame feroce 
Ai, ai, ai 
Il tredici del mese  
Ha avuto un’esperienza 
Ha perso la sua fede 
Tra le pietre di sale, 
Mio Dio, mio Dio 
Ma ad un’altra speranza 
Con gusto si aggrappa 
Pensando nel nuvolone carico  
Dell’allegro Natale 
Ai, ai, ai, ai  
E’ iniziato il Natale  
Ma il nuvolone non è arrivato 
Il sole ben rosso 
E’ nato molto al di là 
Mio Dio, mio Dio, 
Nelle chiome del campo 
Suona la cicala 
Nessuno vede il nuvolone  
Perchè il nuvolone non c’è 
Ai, ai, ai, ai 
Senza pioggia sulla terra 
Cade Gennaio, 
Dopo febbraio 
E la stessa estate 
Mio Dio, mio Dio 
Allora il nordista 
Pensando con se stesso 
Dice: “Questo è un castigo 
non piove più” 
Ai, ai, ai, ai 
Si affida a marzo 
Che è il mese preferito 
Del santo caro 
Signor San Giuseppe 
Mio Dio, mio Dio 
Ma niente pioggia 
E’ tutto senza senso 
Gli scappa dal petto 
Il resto della fede 
Ai, ai, ai, ai 
Adesso pensando 
S
egue un altro percorso 
Chiamando la famiglia 
Comincia a dire 
Mio Dio, mio Dio 
Io vendo il mio asino 
Il mio mulo e il cavallo 
Andiamo a San Paolo 
Vivere o morire 
Ai, ai, ai, ai 
Andiamo a San Paolo 
Che la cosa è seria  
Lungo terre altrui 
Vagheremo 
Mio Dio, mio Dio 
Se il nostro destino 
Non sarà così meschino 
Allo stesso angolino 
Ritorneremo 
Ai, ai, ai, ai 
E vende il suo asino  
Mulo e il cavallo 
Addirittura il gallo 
Hanno venduto 
Mio Dio, mio Dio 
Dopo poco appare 
Il felice fazendeiro 
Per poco denaro 
Compra ciò che ha 
Ai, ai, ai, ai 
In un camion 
Lui butta la famiglia 
E’ arrivato il triste giorno 
Già viaggerà 
Mio Dio, mio Dio 
La siccità terribile 
Che tutto divora 
Ai, li butta fuori 
Dalla terra natale 
Ai, ai, ai, ai  
Il carro già corre 
Sulla punta della montagna 
Guardando a terra 
La sua culla, il suo lare 
Mio Dio, mio Dio 
Quel nordista 
Partito con pena 
Da lontano accenna 
Addio terra mia  
Ai, ai, ai, ai 
Il giorno successivo 
Già tutto infastidito 
E il carro veloce 
Veloce a correre. 
Mio Dio, mio Dio 
così triste, povero 
Parlando saudoso 
Con suo figlio in lacrime 
Esclama nel dire: 
Ai, ai, ai, ai 
Di pena e saudade 
Papà so che muoio 
Al mio povero cane 
Chi darà da mangiare? 
Mio Dio, mio Dio 
Già l’altro domanda 
Mammina, e il mio gatto? 
Con fame, senza cibo 
Mimi morirà 
Ai, ai, ai, ai 
E la bella piccolina 
Tremando di paura 
”Mamma, i miei giocattoli 
La mia pianta di fiori?” 
Mio Dio, mio Dio 
La mia rosa 
Povera, seccherà 
E la mia bambola 
Anche lì è rimasta 
Ai, ai, ai, ai 
E così vagano lasciando 
Con pianti e gemiti 
Della cara culla 
Il cielo bello e azzurro 
Mio Dio, mio Dio 
Il padre, pentito 
Pensando ai figli 
E il carro camminando 
Sulla strada del Sud 
Ai, ai, ai, ai 
Sono arrivati a San Paolo 
Senza una moneta bucata 
E il povero timido 
Cerca un padrone 
Mio Dio, mio Dio 
Solo vede il viso estraneo 
Di persone estranee 
tutto è diverso 
Dal caro terreno 
Ai, ai, ai, ai 
Lavora due anni, 
Tre anni e ancora un anno 
E sempre nei piani 
Di un giorno ritornare 
Mio Dio, mio Dio 
Ma mai potrà 
Solo vive con debiti 
E così soffre 
E soffrire senza smettere 
Ai, ai, ai, ai 
Se qualche notizia 
Delle bande del nord 
Ha per fortuna  
Il piacere di ascoltare 
Mio Dio, mio Dio 
Gli batte nel petto 
Saudade di molto 
E le acque dagli occhi 
Cominciano a cadere 
Ai, ai, ai, ai 
Dal mondo allontanato  
Lì vive imprigionato 
Soffrendo il disprezzo 
Impegnato con il padrone 
Mio Dio, mio Dio 
Il tempo passando. 
Va un giorno e viene un altro  
E quella famiglia 
Non tornerà più 
Ai, ai, ai, ai 
Distante dalla terra 
così secca ma buona 
Esposto alla pioggia  
Il  fango e l’autobus 
Mio Dio, mio Dio 
Fa pena il nordista 
Così forte, così coraggioso 
vivere come schiavo 
Al nord e al Sud 
Ai, ai, ai, ai

 

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LUIZ GONZAGA

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A TRISTE PARTIDA

*traduzione non ufficiale

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