E’ Estranho – Henriqueta Lisboa

    

Henriqueta Lisboa   

15 luglio 1901, Lambari  
9 ottobre 1985, Belo Horizonte  

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É Estranho    É estranho que, após o pranto vertido em rios sobre os mares, venha pousar-te no ombro o pássaro das ilhas, ó náufrago. É estranho que, depois das trevas semeadas por sobre as valas, teus sentidos se adelgacem diante das clareiras, ó cego. É estranho que, depois de morto, rompidos os esteios da alma e descaminhado o corpo, homem, tenhas reino mais alto.

E’ Strano   E’ strano che, dopo il pianto sfociato in fiumi sui mari, venga a posarsi sulla spalla l’uccello delle isole, il naufrago. E’ strano che, dopo le tenebre disseminate sulle fosse, i tuoi sensi si affinino dinanzi le radure, il cieco. E’ strano che, dopo morto, rotti i confini dell’anima e deviato il corpo, uomo, abbia un regno più alto

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*traduzione non ufficiale