Guilherme de Almeida
24
de julho de 1890, Campinas, São Paulo
11
de julho de 1969, São Paulo
Arco-íris: 2- azul
Primavera.
Um pedaço de céu caiu na terra:
em tufos fofos de flocos frouxos frívolas hortênsias
volantes como crinolinas fúteis
desmancham-se em reverências
ou passeiam como sombrinhas lindamente inúteis
ou pousam empoadas de ar como pompons. O céu
é um grande linho muito passado no anil
que o vento enfuna num varal de vidro. Ele é o
toldo azul de um bazar
onde brinca vestido de ar
um clown elástico, ágil e sutil.
Arcobaleno: 2-celeste
Primavera.
Un pezzo di cielo è caduto a terra:
in morbidi ciuffi di deboli fiocchi frivole ortensie
volanti come crinoline futili
si dissolvono in reverenze
o passeggiano come ombrelli bellamente inutili
o atterrano ciuffi d’aria come pompon. Il cielo
è un grande telo di lino tinto d’azzurro
che il vento spiega in uno stenditoio di vetro. Lui è la tenda azzurra di un bazar
ove gioca vestito d’aria
un elastico clown, agile, sottile.
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*traduzione non ufficiale
Dal libro: Meu: livro de estampas (1925).