Sonetto
Questi sono gli occhi della mia amata,
Che belli, che gentili e che incantatori!
Non sono per i mortali così preziosi
I dolci frutti della stagione dorata (l'autunno).
L'allegria da loro esalata
Trasforma i campi di, piacere gustosi.
Dallo zefiro soave e delicato
Tutta questa regione si vede bagnata.
Venite occhi belli, venite, e infine portando
Dal viso del mio bene gli splendidi doni,
Date sollievo al male che sto soffrendo.
Ma ah! Delirio mio che mi calpesti!
Gli occhi ai quali mi interessai che stavo vedendo,
Erano ( chi l'avrebbe creduto!) due stelle.
Claudio Manuel da Costa
Soneto
Estes os olhos são da minha amada,
Que belos, que gentis e que formosos!
Não são para os mortais tão preciosos
Os doces frutos da estação dourada.
Por eles a alegria derramada
Tornam-se os campos de, prazer gostosos.
Em zéfiros suaves e mimosos
Toda esta região se vê banhada.
Vinde olhos belos, vinde, e enfim trazendo
Do rosto do meu bem as prendas belas,
Dai alívio ao mal que estou gemendo.
Mas ah! delírio meu que me atropelas!
Os olhos que eu cuidei que estava vendo,
Eram (quem crera tal!) duas estrelas.