Guilherme de Almeida
24 de julho de 1890, Campinas, São Paulo
11 de julho de 1969, São Paulo
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Indiferença Hoje, voltas-me o rosto, se ao teu
lado
passo. E eu, baixo os meus olhos se
te avisto.
E assim fazemos, como se com isto,
pudéssemos varrer nosso passado.
Passo esquecido de te olhar, coitado!
Vais, coitada, esquecida de que
existo.
Como se nunca me tivesses visto,
como se eu sempre não te houvesse
amado
Mas, se às vezes, sem querer nos
entrevemos,
se quando passo, teu olhar me
alcança
se meus olhos te alcançam quando
vais.
Ah! Só Deus sabe! Só nós dois
sabemos.
Volta-nos sempre a pálida
lembrança.
Daqueles tempos que não
voltam mais!
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Indifferenza
Oggi, giri la testa, se ti passo di lato.
Ed io, abbasso i miei occhi se ti vedo.
E facciamo così, come se con questo,
potessimo distruggere il nostro
passato.
Passo senza ricordarmi di guardarti,
povero me!
Vai, povera, senza ricordarti della
mia esistenza.
Come se non mi avessi mai visto,
Come se da sempre non ti avessi
amata.
Ma, se a volte, senza volerlo ci
intravediamo,
se quando passo, il tuo sguardo
arriva a me
se i miei occhi arrivano a te quando vai.
Ah! Solo Dio sa!
Solo noi due sappiamo.
Ritorna sempre il pallido ricordo.
Di quei tempi che
non torneranno più!
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*traduzione non ufficiale